A cerveja é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo. Também por esse motivo, ela pode ser bebida de diferentes formas: cerveja de pressão, de garrafa ou até de lata. Por existirem várias formas de a beber, são muitos os mitos sobre cerveja que duram até aos dias de hoje e que vamos desmistificar neste artigo.
1. A cerveja deve ser colocada no frigorífico deitada para refrescar mais rapidamente
Digamos que não há maior mito do que este. Pelo contrário, a cerveja deve ser armazenada “de pé”, num frigorífico ou congelador, de forma a refrescar mais rapidamente. Deitá-la não acelera, de todo, o processo. Uma dica que lhe podemos dar é que a coloque no congelador minutos antes de a servir – assim, está garantido que bebe a cerveja à temperatura ideal!
2. A cerveja deve ser bebida o mais gelada possível
Nem por isso. Como em tudo, deve existir um certo limite, e a temperatura da cerveja não é exceção à regra. O mesmo raciocínio se aplica às restantes bebidas que, se forem servidas muito geladas, acabam por perder o seu sabor característico. Até mesmo para o consumidor, beber uma cerveja gelada, por muito calor que esteja, pode ser mais um martírio do que um prazer, pelo que este é outro dos mitos sobre cervejas que deve ser esclarecido – bem fresca, mas não congelada!
3. Um fino é diferente de uma imperial
Não é, até porque ambos se referem exatamente à mesma coisa: cerveja de pressão servida em copo. Mas, então, por que razão existem os dois termos? Porque tudo depende da região de Portugal onde se encontra. Enquanto que, em Lisboa (e mais a sul), é muito mais frequente ouvir as pessoas pedirem uma “imperial”, no Porto (e mais a norte) ouve-as a pedir um “fino”. Regionalismos à parte, ambos os termos se referem à cerveja de pressão servida em copos altos e estreitos.
4. A cerveja faz barriga
Mito. Aquilo que o faz engordar é a falta de exercício físico e uma alimentação pobre em nutrientes e rica em gorduras e açúcares. Na verdade, já foram feitos vários estudos que comprovam que este é um dos maiores mitos e que, desde que consumida com moderação, a cerveja não está associada ao aumento de peso, nem ao aumento de gordura abdominal (neste caso, de barriga).
5. A cerveja não é saudável
Se compararmos esta bebida com outras existentes (alcoólicas e não só), a verdade é que esta é capaz de ser a mais saudável (e menos calórica) de todas. A cerveja é feita a partir de ingredientes naturais e, para além de não ter açúcares adicionados, também não conta com aromas artificias ou conservantes na sua receita. Para além disso, é rica em nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo. Mas há mais, até porque não nos devemos esquecer na quantidade de vitaminas, minerais e antioxidantes que esta bebida tem. Desde que consumida com moderação, a cerveja não interfere em qualquer dieta (nem mesmo naquelas mais rígidas).
6. Servir cerveja com ou sem espuma é igual
No caso da cerveja de pressão, é usual essa ser servida com uma camada de espuma no topo do copo. De facto, quando uma cerveja é servida sem essa espuma é costume dizer-se que a bebida está “morta” ou que não foi “bem tirada”. Mas a verdade é que a espuma não tem unicamente uma função “decorativa” ou até mesmo imprescindível ao sabor. A camada de espuma de uma cerveja protege-a da oxidação, impedindo que a bebida entre em contacto direto com o ar. Essa espuma também contribui para a preservação do gás da bebida e ainda para a manutenção da sua temperatura. Por isso, beber uma cerveja sem espuma não é o mesmo que beber com essa camada.
7. A cerveja é muito calórica
Pelo contrário! Estamos perante uma das bebidas alcoólicas com menor índice calórico. Uma cerveja (seja em copo, garrafa ou lata) tem, aproximadamente, 120 calorias. Sabia que um copo de vinho pode facilmente ultrapassar as 240 calorias? Ou, então, que um copo de sumo de laranja tem quase 200 calorias? Pode acreditar: a cerveja é muito pouco calórica.
8. A cerveja pode ser bebida em qualquer copo
Um dos maiores mitos sobre cerveja prende-se com a forma como essa é bebida. Lembre-se que existem vários tipos de cerveja, diferentes marcas e fabricantes e, por conseguinte, diferentes formas de a beber. Existem cervejas de baixa e alta fermentação, cervejas artesanais e até cervejas pretas! Cada tipo exige um copo específico. É o tipo de copo utilizado que lhe vai dar mais corpo e, consequentemente, mais sabor e prazer para quem a bebe. Da mesma forma que acontece com o vinho, cada tipo de cerveja exige um tipo de copo específico.
9. A cerveja não pode ser degustada
Na realidade, a cerveja não é diferente do vinho neste campo. É verdade que, esta última, é uma bebida que tem muitas especificidades, diferentes anos de colheita, produção e fermentação – mas, de facto, a situação não é assim tão diferente da da cerveja. Também essa pode ser degustada em diferentes fases. Todas possuem ingredientes diferentes, formas de produção e de armazenamento distintas, apelando aos cinco sentidos de qualquer especialista na bebida.
10. As cervejas artesanais são iguais às comerciais
Quando dizemos “comerciais”, dizemos as cervejas mais conhecidas e desde sempre comercializadas, como é o caso da Super Bock ou da Sagres, por exemplo. Estas são diferentes das cervejas artesanais, sobretudo no que diz respeito ao seu processo de produção. As cervejas comerciais são produzidas de acordo com especificações e requerimentos extremamente exigentes.
Porquê?
Porque falamos de uma bebida que é comercializada a nível global e é bebida por milhares de pessoas. Há padrões, inclusive de saúde, que têm de ser obrigatoriamente seguidos e o processo de produção tem de garantir que o sabor é sempre o mesmo (de garrafa para garrafa, botija para botija e de lata para lata). As cervejas artesanais, por sua vez, em nada se comparam com as anteriores, isto porque percorrem processos de produção de uma escala muito menor. Para além disso, as receitas variam bastante, não se ficando pelos ingredientes básicos (como é o caso da água, do lúpulo, do malte e das leveduras). As cervejas artesanais procuram distinguir-se umas das outras, adicionando ingredientes poucos esperados, como é o caso de especiarias ou até mesmo de frutos secos (dependendo da marca em si).
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