O mundo das cervejas artesanais pode ser o céu ou o inferno, só depende de ti. Evita os pecados mais comuns entre os apreciadores de cerveja e transforme cada golo em uma experiência divina.
GULA: Fácil de reconhecer, o cervejeiro que ainda não adotou o lema “bebo melhor” está a cometer o pecado da gula, quando o amanhã não parece existir e é preciso tomar todas de uma vez só. Vale também para aquele teu amigo que compra muitas garrafas na promoção, mesmo sabendo que não vai conseguir consumir o stock sozinho.
AVAREZA: O truque para desmascarar um cervejeiro avarento é dar uma espiadela em sua adega particular (guarda-roupa e armário de cozinha estão nessa categoria). Apegadíssimo às garrafas luxuosas, raras ou envelhecidas, ele idolatra sua coleção e jamais a compartilha com alguém – nem com ele mesmo.
LUXÚRIA: O cervejeiro que comete a luxúria pode até ser confundido com o cervejeiro guloso, mas seu apetite vai além das cervejas: copos, bonés, bolachas ou camisolas, sai a compraro que vê pela frente para espalhar seu prazer pela bebida por outras esferas da sua vida. Costuma ser facilmente reconhecido em festivais de cerveja artesanal (claro, não perde nenhum!).
SOBERBA: A experiência do cervejeiro soberbo é sempre a mais exclusiva e inusitada que a dos demais participantes da rodinha de conversa. Só ele visitou as melhores cervejarias do mundo, experimentou as IPAs mais frescas, as Sours mais azedas, as Lagers mais puras e as Russian Imperial Stouts mais alcoólicas. Se houver um concurso de cervejeiro mais soberbo do mundo, ele ganha.
PREGUIÇA: O tipo mais raro entre os pecadores cervejeiros. Ele venceu a barreira das cervejas industrializadas e finalmente chegou ao paraíso das artesanais e, mesmo a estar no céu, adota um único estilo ou cervejaria para chamar de sua, sem ousar provar o que há de diferente ou novidade. Alguns dizem que é falta de curiosidade, mas é só preguiça de enveredar por novos e saborosos universos.
INVEJA: Pode ser definida pelo desejo incontrolável por tudo que o próximo tem, sem dar valor às suas posses e conquistas. Traduzindo: o lúpulo do vizinho está sempre mais verde. Ele pode provar as melhores cervejas artesanais do seu país, mas sempre estará com a garganta seca, a cobiçar cervejas de outros sitios. O invejoso abandona seu pecado apenas quando o mercado internacional valoriza as cervejas da sua terra – mas, aí, ele cai na soberba.
IRA: Pecadores antigos, os irados ganharam um novo status com a modernização do mundo: haters da internet. Por meio de sites e aplicativos especializados em cervejas artesanais, eles mal esperam o primeiro golo acabar para criticar não só a cerveja, mas também a marca de cerveja, o mestre-cervejeiro e quem mais tiver curtido o rótulo em questão. Apesar de numerosos nos fóruns de discussão on-line, dificilmente são vistos em público ou à luz do dia.