Já paraste para pensar por que algumas pessoas bebem algumas cervejas “brutalmente frescas” enquanto em alguns sítios bebe-se cerveja à temperatura ambiente? Acredita: a temperatura certa para consumir cerveja afeta muito a degustação e a impressão que teremos sobre uma cerveja. Algumas fábricas de cerveja indicam no próprio rótulo a temperatura ideal de consumo do seu produto, com a intenção de valorizá-lo. Mas e quando não for indicado?
Em geral, quanto mais suave a cerveja, mais baixa a temperatura de consumo, e quanto mais potente, maior a temperatura ideal de consumo. Isso porque, quanto mais fresca estiver a cerveja, menos conseguimos sentir seus sabores e aromas, pois em temperaturas muito baixas, nossas papilas gustativas ficam adormecidas.

Além disso, as substâncias que conferem aroma à cerveja normalmente volatilizam em temperaturas um pouco mais elevadas, por isso sentimos poucos aromas em cervejas muito frescas. Em cervejas de qualidade questionável isso pode até mesmo ser desejável por ajudar a mascarar sabores e aromas desagradáveis, mas em geral, quando degustamos uma cerveja, queremos desfrutar de todas as suas características sensoriais.
Para completar o quadro da dor, a espuma também fica prejudicada quando servimos a cerveja muito gelada, desfavorecendo também o aspeto visual.
Ou seja, um completo desastre, mas que pode ser facilmente evitado seguindo um guia básico definido pelo especialista em cervejas Michael Jackson, com uma escala de cinco faixas de temperatura certa para servir cada cerveja:
1. Muito fresca (de 4 a 8 °C): Pilsens e Pale Lagers em geral.
2. Bem fresca (de 5 a 7 °C): Weizenbiers, Fruit Lambics e Gueuzes.
3. Fresca (de 8 a 12 °C): Dark Lagers, Pale Ales, Amber Ales, Weizenbocks, Porters, Helles, Viennas, Tripels e Bocks.
4. Temperatura de adega (de 13 a 15 °C): Brittish Ales, Stouts e Belgian Ales em geral.
5. Temperatura ambiente (~15 °C – ): Barley Wines, Strong Dark Ales e Trapistas em geral.
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